Geralmente associadas a empresas de tecnologia, as startups brasileiras vão muito além dessa área. Todos os anos, milhares delas se lançam ao mercado em busca de sucesso, lucro e fortalecimento da marca. De fato, o conceito de startup abarca toda empresa que está iniciando, com uma pequena estrutura, geralmente sem um local apropriado e com um orçamento extremamente limitado.
Seguindo essa ideia, a Apple e a Microsoft foram, na sua época, duas startups, assim como a Cacau Show, que começou bem pequena, dentro de casa.
O que realmente define uma startup?
Então, toda empresa que está iniciando é uma startup? Não. o que define se é uma startup são duas características básicas:
- as startups nascem em ambientes de incerteza. Geralmente são apostas em momentos de crise ou em realidades em que dificilmente se enxerga a viabilidade de sua implementação.
- Não possuem um modelo de negócios definido. Ao contrário, as startups estão ali justamente para aprender sobre o mercado até chegarem a um modelo escalável, ou seja, que pode ser ampliado com a mesma qualidade e eficiência.
Não existe uma regra para criação de uma startup. É comum que a startups nasçam de eventos de empreendedorismo, encontro entre empreendedores ou até mesmo em aulas, construídas por pessoas que não se conheciam até o momento da concepção do negócio. Por outro lado, algumas delas são familiares. Com ideias que nascem entre irmãos, cônjuges ou entre primos mais próximos.
Crescimento das startups brasileiras
O nosso mercado é, historicamente, repleto de exemplos de empreendedorismo. Especialmente nos momentos em que o desemprego se agrava, os brasileiros mergulham na criatividade e partem para o negócio próprio. Atualmente, há um grande movimento, que vem ajudando ainda mais no crescimento deste setor na economia.
Belo Horizonte e Florianópolis foram as primeiras capitais a se tornarem polos das startups brasileiras além, claro, de São Paulo, que abriga a maior fatia das novas empresas abertas no país todos os anos. Além dessas, cidades como São Carlos – SP e Vitória – ES estão se movimentando para integrar este bloco. O que estas cidades tem em comum? Elas criaram centros de integração com escolas, espaços de coworking, encubadoras e investidores-anjo, que são os primeiros a acreditar nas startups.
A importância destes centros é muito grande, pois permitem que as startups brasileiras comecem as suas vidas com o mínimo de orçamento, estruturas super enxutas e informações essenciais para o aprendizado sobre o mercado.
Em Florianópolis, a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) é um dos centros de inovação que abriga diversas startups.
Marketing para startups brasileiras
Como todo começo, o marketing para startups também é difícil. Um dos principais problemas enfrentados pelos empreendedores é o chamado product-market fit, que numa tradução literal significa algo como o encaixe do produto com o mercado. No marketing, podemos dizer que é a conexão entre o produto e o público. Quando está no estágio inicial, a startup ainda não tem a certeza desta conexão e é mais difícil acertar nas ações de marketing.
Por isso, a maioria das startups, tanto aqui quanto lá fora, optam pelo marketing digital. Como o modelo possui ferramentas de mensuração e KPIs fáceis de analisar, o marketing digital é um aliado estratégico para as startups. Ele permite, a um custo relativamente baixo, encontrar o melhor posicionamento da marca no mercado, testando diferentes estratégias, públicos, linguagens entre outras características.
Marketing in house x marketing terceirizado
Como já dissemos anteriormente, um dos fatores que identificam uma startup são as estruturas mínimas. Isso também vale para as equipes de trabalho que, em geral, são igualmente enxutas. Por isso, esses empreendimentos optam por profissionais multidisciplinares, teoricamente capazes de realizar tarefas diferentes. O problema é que neste modelo, justamente as tarefas do marketing acabam esquecidas ou menosprezadas.
Por outro lado, diversas startups ainda têm dificuldade de encontrar os parceiros ideais para trabalhar o próprio marketing. Agências grandes, que exigem alto investimento ou muito pequenas, que não compreendem a realidade do mercado são os principais entraves.
Entre as vantagens de realizar esse trabalho internamente, estão a economia de custos com gestão do marketing digital e a possibilidade de investir mais diretamente em mídia. No entanto, entre as desvantagens, estão a falta de um profissional específico e qualificado para gerenciar as campanhas, a falta de estratégias desenhadas por especialistas e a maior possibilidade de perder o investimento justamente pela ausência de direcionamento.
Já com uma agência especializada, as vantagens são:
- ter um time inteiro atuando pela startup, com designer, planejamento e analistas;
- direcionamento estratégico do investimento em mídia, gerando mais resultados;
- estratégia desenhada por especialistas;
- soluções personalizadas e apropriadas para a realidade da startup.
Tudo isso com um custo fixo, que frequentemente é recuperado com a economia no investimento com mídia e superado pelos resultados positivos.
Principais dificuldades do marketing para startups
A ajuda de uma agência especializada em marketing digital é imprescindível, além dos motivos já mostrados, em razão das dificuldades que um empreendimento em início de vida enfrenta. As principais são:
Capacidade produtiva
Como não há um time de profissionais da área, as startups ou não têm conhecimento apropriado ou não têm braços suficientes para executar todas as tarefas necessárias para uma campanha de sucesso.
Captação de contatos ou leads
Como está iniciando as atividades, a empresa ainda não é conhecida e tem dificuldade para conseguir as primeiras listas de contatos para a atuação do departamento comercial.
Filtragem dos contatos
Como não possuem um funil de vendas com todos os estágios bem montados e ativos, as startups têm dificuldade de entender quais contatos são qualificados e quais não são, desperdiçando tempo e perdendo oportunidades de negócio.
Processo de vendas
na mesma esteira do funil, geralmente os novos empreendimentos ainda não têm um formato constituído para seu processo de vendas. Além disso, costumam ter um material de apoio de baixa qualidade, pois ainda não representa aquele product-market fit que explicamos lá em cima.
Criando um processo de marketing para startups
Nos parágrafos anteriores, mostramos que as startups apresentam dificuldades de encontrar o parceiro ideal para trabalhar o seu plano de marketing. Na maioria das vezes, isso ocorre porque as agências superdimensionam os objetivos e as ações que devem adotar para gerar os melhores resultados. No caso das startups, vale a máxima que diz “menos é mais”.
Para criar um planejamento de marketing viável, é necessário ter a mesma mentalidade de uma startup: ser enxuto. O processo de marketing deve ser focado em poucos objetivos, havendo um principal e suas metas auxiliares. A execução destes planos precisam ser acompanhados e medidos através dos KPIs.
Desta forma, as estratégias que forem acertadas, devem ter continuidade e serem melhoradas com ajustes pontuais. Já as que não tiveram sucesso devem ser ‘pivotadas’, ou seja: alteradas parte a parte para garantir a otimização contínua.
Esta tarefa de buscar sempre os bons resultados é parte da rotina das agências digitais. E o acompanhamento dessa melhoria contínua se dá pela apresentação de relatórios mensais.
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